Gavione, o Al Capone da Educação Valeparaibana
São José dos Campos, assim como o todo o Vale do Paraíba, é um das regiões mais conservadoras do Estado. Com uma vocação de extrema direita e totalitária, herança do passado do café, dos escravos e da tuberculose, tornou-se a pérola dos militares durante a ditadura, com a criação do CTA, do ITA e do Inpe e a vinda das multinacionais, fruto do “milagre econômico”, atraindo milhares de pessoas que, como lenha, serviram de mão de obra proletária, argamassa ideal para a consolidação de uma elite burocrática e totalitária, forjada nos bancos cívico-militares do ITA e que vem dominando o cenário desde a época do prefeito biônico Sobral.
Diante deste cenário, nada mais esperado que um safadinho morde-fronhas, enterrado até o último cabelinho do cu na Igreja Católica, através de sua face atual mais radical, a Opus Dei, deitasse e rolasse, usando muita verba pública e muito conchavo para transformar a antiga Fundação Vale Parabaiana de Desensino na Univaca.
Camuflada na idéia de se formar um grande centro pesquisas, vital para o desenvolvimento do país e da região, Gavione, investiu mesmo em todos esses seus anos de mão ferro, na ampliação do quadro de alunos, prédios e cursos, com o objetivo único de engordar o cofrinho.
Que pesquisas e conhecimento que nada! Nas Garras de Gavione, educação é negócio, distribuir diplomas com baixa qualificação desde que as mensalidades estejam em dia. E já questionar Gavione do contrário pois, como a rainha louca de copas de Alice no país das Maravilhas, Gavione não deixa barato e a qualquer desagrado: “- Cortem as cabeças!”
Impune, autoritário e arrogante, dizem as más línguas, amealhou fortuna considerável nas costas de um bando de gente que acreditou e ainda acredita que o canudo vai fazer alguma diferença nestes apolíticos dias neoliberais.
Mas como todo crápula safadinho, arrasta um silício no rabinho e passa por sessões de chicotadas, afinal, ninguém é de ferro.
Seus alunos, propositalmente despolitizados, nada fazem contra sua ditadura que os alija de maiores conhecimentos, preocupados mais com descontos na mensalidade do que com aumento da capacidade e qualidade curricular e intelectual, afinal, tudo pelo mercado, nada pelo social.
Assim, continuaremos a ver Gaviones engolindo pardais que se julgam canários, mas Gavione que aguarde, pois é sina final, na suas baixadas, levar pintos.
Jorge Saladino