sábado, 13 de setembro de 2008

Uma cidde que só funciona no tranco

Como a memória de pobre é curta é sempre bom relembrar: No início do ano tivemos uma série de enchentes e alagamentos, principalmente na Região Norte da cidade, uma região abandonada à sorte há mais de 10 anos, refém do assistencialismo de varejo do governo em parceria com um vereador que há 20 anos! não levanta um dedo para que a região norte deixe o atraso em que se encontra e se desenvolva como o resto da cidade, porque é sempre mais fácil deixar coisas para fazer para o trouxa do pobre sempre ter de pedir favor, do que resolver o problema e assim o povo perceber que não somos mais necessários.

Agora em véspera de eleição e depois de muita pressão popular, o atual governo banca o bonzinho e se compromete à iniciar obras de contenção das enchentes, onde fica a pergunta:

será que compensa ter um governo que só faz alguma coisa sob pressão? Um governo sem sensilbilidade, sem visão de futuro, que funciona no tranco e em cima de um discurso único, cansativo e ideológico que condiciona o cidadão à se adequar às exigências do mercado ou sucumbir?

A lavagem cerebral é tão grande que não admitem qualquer pensamento divergente e contrário aos seu interesses, prova disso é a enorme dificuldade de diálogo que hoje existe em nossa cidade.

Este tipo de atitude tem prejudicado em muito a cidade, pois é na pluralidade de idéias que a humanidade evolui, no conflito se encontra soluções e não neste conformismo que acontece na cidade onde se pretende catequizar as crianças já no berço através de uma educação facista, neoliberal e excludente que determina de forma cruel quem vai ser o chefe e quem vai ser o empregado, pois, desculpem, mas educação "empreendedora" é uma farsa, pois um coisinha básica: para haver patrões é necessário que hajam empregados, e, se houvesse uma sociedade onde todos são empreendedores, ou seja, patrões, quem é que faria o serviço encontro o patrão acumula?

O que está em jogo é a cidade que queremos ou a cidade que os outros querem. Infelizmente, a despolitização gradual da população tem conduzido as pessoas à trincheiras maniqueístas na hora de decidir e assim como existem déspota de ambos os lados também existem gente decente e capacitada, portanto, que se faça um pacto e as divisões terminem nas eleições e após que todos, oposição e situação, dialoguem porque a cidade é de todos.

Não dá mais para as coisas só acontecerem na marra.

Jorge Saladino

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