sexta-feira, 8 de agosto de 2008

As demissões na Embraer e a política econômica equivocada de São José

As demissões na Embraer e a política econômica equivocada de São José

Jorge H. Saladino

Desde que cometeu o maior estelionato eleitoral da história do Vale do Paraíba, com a famigerada fábrica de Empregos do Emanuel, que no máximo, virou fábrica de cabides para os amiguinhos incompetentes, que estavam na maioria falidos, mas como Deus ajuda, esses “empreendedores” ficaram ricos depois que entraram na prefeitura, o governo que há 12 anos governa a cidade não tem uma política eficiente de manutenção e ampliação dos empregos na cidade.

Criaram até uma secretaria especifica para isso, mas o saldo final tem sido o mesmo: Mais e mais empresas de grande porte se afastam ou demitem em massa na cidade sem que ninguém tome providências. Foi assim com a Ericsson, Solectron, LG, Philips, Tecsat, na GM quando resolve mandar gente embora, na Embraer que quase foi para Gavião Peixoto, algum tempo atrás.

Aliás, qualquer economista que for consultado dará o mesmo veredicto: Se a Petrobras e a Embraer diminuírem seu ritmo de produção ou se mudarem da cidade, a cidade quebra. E por que isso aconteceria? Porque grande parte da arrecadação da prefeitura é oriunda dos repasses de impostos destas empresas. A coisa é mais ou menos como se você montasse uma padaria para vender pão só pro seu vizinho: se ele quebra ou muda, você quebra junto porque não tem mais pra quem vender nem de quem receber.

E qual a desculpa da vez: Reestruturação.

A Embraer não está mandando embora porque está enfrentando uma crise, mas ao contrário, porque está ganhando mais e quer ganhar ainda mais.

E age assim por que? Porque está sediada na cidade do Empreendedorismo, onde o que importa não é o trabalho, mas o lucro das empresas.Enfrentamos caso semelhante alguns dias atrás com a GM e se não tomarmos nenhuma providência, a moda vai pegar.

A reestruturação nada mais é do que um artifício neoliberal, que chantageia a mão de obra à trabalhar cada vez mais e receber cada vez menos, “vestir a camisa da empresa”, viver em função dela, e, quando não tiver mais serventia, ser descartado como lixo, vestindo a tal camisa ou não e isso é fatídico.

Será que se a Embraer não tivesse tanto banco de horas, será poderia se dar ao luxo de mandar tanta gente embora? E vemos que, mesmo com toda a sua radicalidade peculiar, o sindicato não está tão errado assim, pois como diz um ditado popular: “Quem abaixa demais, mostra a polpa da bunda”.

Até quando a cidade vai se submeter aos interesses das empresas em detrimento da população? E não adianta botar a culpa como sempre na oposição, pois faz 12 anos que só se fabrica cabide nesta cidade e vara de pescar, pois, como costumam dizer em relação ao em emprego que basta ensinar a pescar, o problema é que até o Rio de verdade, o nosso Paraíba, já encherão de merda (esgoto).

Jorge Henrique Saladino

Arquiteto

3 Comentários:

Anônimo disse...

Continua a "Fábrica de Empregos" Tucana...

Anônimo disse...

caro Saladino, até que vc não está enganado sobre a embraer, quando fala de reestruturação. O que tem ficar bem claro é que a maioria das pessoas cortadas foram abastados, diretores, gerentes fajutos, aposentados com 3 salários e pessoal que estava empurrando com a barriga (cheia). Com relação à política tucana joseense empreendedora neoliberal é lamentável uma cidade com o nosso histórico ficar a mercê desta corja que expurga os reais potenciais que a cidade como um todo oferece...e a juventude cada vez mais fud.....

Anônimo disse...

Caro Saladino, fico feliz em saber que existe ainda pessoas como você para publicar e mostrar a farça do PSDB que tomou conta desta cidade ja não aguento mais tantas obras serem feitas e desfeitas certo e so dar uma olhadinha pela cidade , so nos bairros ricos,como plantão tanta grama e depois remolven e so dar uma olhada no colinas para ver a verdade eta prefeito mascarado, se dane povão.

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